A Publicidade não escolhe Idade

   A publicidade comercial é uma quase instituição do nosso quotidiano e é o objeto crucial numa sociedade de consumo para atrair a população em geral a adquirir bens ou serviços anunciados. Habituámo-nos, desde cedo, a ser 'bombardeados' por painéis ou anúncios televisivos recheados de imagens apetecíveis e acompanhados de descrições entusiasmantes, imperativos e mensagens que o nosso ouvido imediatamente retém. A verdade é que, quer queiramos ou não, todos somos espetadores assíduos desse fenómeno que tem vindo a dar frutos com a evolução tecnológica, fazendo-se munir de novos aparelhos, novos métodos de comunicação e que, consequentemente, veio abrir as portas a uma nova vaga de publicidade gratuita. 

    Apesar de tudo, ninguém é posto de lado e a prova cega é que, em Portugal, a quantidade de anúncios destinado ao público idoso dispararam nos últimos anos. Analisemos um pouco...

           1.Anúncios destinados ao público idoso

    Os anúncios dirigidos à população idosa, como já foi referido, têm marcado uma posição de destaque, sobretudo nas televisões generalistas. Os produtos frequentemente publicitados são, por um lado, suplementos medicamentosos, aparelhos que ajudam na facilidade de locomoção ou audição, etc. que podem ser adquiridos através de uma chamada telefónica e, por outro, alimentos que visam preservar a saúde, prevenindo problemas cardiovasculares, por exemplo. Tudo isto resulta de uma parceria estratégica entre o marketing e as empresas que produzem e distribuem o devido artigo. 
    Hoje somos um país onde, aproximadamente, 2 em cada 10 pessoas são idosas e onde essa perspetiva tende a aumentar progressivamente. Contudo, não deixa de ser um mau motivo para os organismos da publicidade comercial. Se contarmos com o facto de parte da população idosa viver isolada e admitindo que 31,4% desta não completou a escolaridade até ao 4ºano, podemos considerar que estamos perante um alvo, por vezes, vulnerável.
   Eis um exemplo de cada um dos anúncios mencionados:




















            
                                                                                      
    Desde a fundação da publicidade comercial que os anúncios destinados ao público mais jovem (bebés,crianças ou adolescentes) desempenharam um papel importante, sobretudo em épocas onde o consumo é abundante e quase obrigatório: Natal e Páscoa. 

    2. Anúncios destinados ao público jovem

    2.1 Bebés
    
     

Ter um filho é um evento memorável, mas dispendioso. Por essa razão, a publicidade investe e sempre investiu na promoção à compra de bens essenciais e materiais para esta faixa de recém-nascidos. A saúde e 
a alimentação são as áreas mais presentes, 
não faltando os utensílios mais acessórios, como berços, carrinhos, etc. que atraem os pais de uma sociedade cuja taxa de natalidade é das mais baixas em toda a Europa.




     2.2 Crianças
     

     
As crianças já possuem escolha e são os iniciantes numa sociedade de consumo fervorosa. Em épocas como o Natal ou a Páscoa em que não faltam presentes, as televisões enchem-se de anúncios publicitando outrora brinquedos e atualmente gadgets e experiências digitais e virtuais, a que super e hipermercados também aderem. Este tipo de publicidade distingue-se por ser diferenciadora, ativando os estereótipos para rapazes e raparigas. As mensagens pede aos teus pais e similares são vulgares neste tipo de anúncios. A publicidade a bens alimentícios é também frequente.

  2.3 Adolescentes

      

A publicidade orientada para os adolescentes situa-se, em termos de ideias e estratégia, posicionada a meio entre a infantil e a do público adulto. Isso porque estes já possuem alguma autonomia, mas não toda. Com a propagação das novas tecnologias, há uma variedade enorme de anúncios deste género em circulação, com especial atenção na internet e na televisão. Geralmente, apostam inteiramente na compra de jogos virtuais, aplicações ou material multimédia (smartphones, consolas, etc.). O seguinte exemplo é um típico anúncio destinado a este público-alvo.

O anúncio aponta para a adesão a um tarifário móvel de uma empresa de telecomunicações, tendo desconto incluído na utilização de um táxi UBER®. Esta regalia representa algo restrito, dado que este serviço apenas está disponível nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e no Algarve Litoral, o que deixa outra parte do país em dívida com os residentes nestas zonas.

                                                                    

Fontes: 
            1. PORDATA - https://www.pordata.pt/Portugal/Indicadores+de+envelhecimento-526
            2. Youtube -1. https://www.youtube.com/watch?v=9Fq5MY6ChEc
                              2. https://www.youtube.com/watch?v=vCcBmenUQ1w
                              3. https://www.youtube.com/watch?v=XSLY57L2bdQ
                              4. https://www.youtube.com/watch?v=9SI2cgOFD4M
                              5. https://www.youtube.com/watch?v=kP3djm7F6gA
                              6. https://www.youtube.com/watch?v=SgwHag6_NDU
            
            3. UBER® -  http://uberportugal.pt/

Gonçalo Castelo Branco